sexta-feira

POEMA DE UM QUASE BRASILEIRO.


Não sei a letra do Hino da Pátria
porque ela nunca foi minha.
Sinto-me no dever de não saber letras
encomendadas e feitas para agradar
a um império que diziam morto.

Como posso crer que ouviram
algum brado se até hoje não retumbou?
Que povo heróico é este que elege
e reelege a concórdia dos que lhe venderam?

Linda a igualdade conquistada!
Aqui somos todos iguais,
todos temos tudo, todos podemos tudo,
todas as possibilidades todos têm.

Mentira que eu te amo,
tenho medo dos que te governam,
sou piso dos que te controlam.
Mentira que te idolatro, só Deus me sustem.

Salve-se povo, salve-se povo, se é que sonho tem.
Cruzeiro é símbolo que a verdadeira fé detém.

Forte, imensa, sustentadora dos exploradores,
abrigas aqui gente mansa
que pelo futuro espera... espera...
Dentre todas és mais forte, alimentas teu povo
e a outros tantos bem melhor, terra explorada.

Mãe gentil, há séculos aceitaste
filhos estranhos, foste muito gentil
e cresces gentilíssima, maesíssima.

Vejo-te como enfeite bem feito perante os olhos natos,
pelos adotados que te fizeram nova,
tu que há muito existia neste mundo.
Por tuas flores, pelos teus bosques
corropem gente e vivem dos nossos valores.

Mantém sim, imposto por quem te lidera, sonhos lindos, fornecimento constante, mansidão firme.
Levem, levem, se não dão conta entregamos agora...

Não sonho, não te orgulho, adorada deles,
nova terra sul americana.

Talvez não seja eu um filho teu. Não sei teu canto.
Quando te cantam, imagino que choras...

Jamais por ti estufei o peito,
perdoe-me se isto te parece desrespeito,
perdoe-me se te mostro a mim desiludido.,
minha força desarmada é totalmetne dominada
pela força que nunca foi minha armada...

Deoclides Guimarãe Filho (livro Predileções)

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